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Resistência à insulina no Diabetes tipo 1: o que poucos pacientes sabem, mas deveriam entender.

O que é resistência à insulina e por que ela também afeta quem tem diabetes tipo 1?

Quando falamos em resistência à insulina, pensamos quase sempre no diabetes tipo 2. Afinal, essa condição está fortemente ligada ao excesso de peso, ao sedentarismo e à alimentação desregulada. Mas existe um fato menos discutido e extremamente relevante: pacientes com diabetes tipo 1 também podem desenvolver resistência à insulina.

Se você tem diabetes tipo 1 e sente que, mesmo com disciplina, o controle glicêmico está mais difícil, essa informação pode ser essencial.

Como surge a resistência à insulina no diabetes tipo 1?

No diabetes tipo 1, o pâncreas deixa de produzir insulina. Por isso, o tratamento depende da aplicação externa do hormônio. No entanto, com o tempo, o corpo pode começar a responder menos a essa insulina aplicada. Resultado: é necessário usar doses maiores, com menos efeito e mais instabilidade nas glicemias.

Esse fenômeno é chamado de resistência à insulina em DM1 — e é mais comum do que se imagina.

O que causa a resistência à insulina em pacientes com DM1?

Não é só alimentação ou ganho de peso. Os principais fatores de risco incluem:

  • Inflamação crônica
  • Estresse frequente
  • Sono ruim ou fragmentado
  • Alterações hormonais
  • Composição corporal desfavorável
  • Predisposição genética

Tudo isso pode dificultar o controle glicêmico mesmo em quem segue o tratamento à risca.

Sinais de resistência à insulina no diabetes tipo 1

Fique atento a alguns padrões:

  • Aumento progressivo da dose de insulina sem explicação clara
  • Hiperglicemias mais frequentes e glicemias instáveis
  • Dificuldade para perder peso mesmo com alimentação equilibrada
  • Fadiga constante, mesmo com glicemias “normais”

Existe tratamento para resistência à insulina em DM1?

Sim. O mais importante é identificar o padrão o quanto antes. Isso pode ser feito por:

  • Avaliação clínica detalhada
  • Exames laboratoriais específicos
  • Observação do comportamento glicêmico ao longo do tempo

A partir daí, é possível adotar intervenções eficazes:

  • Ajustes alimentares personalizados
  • Organização do sono e manejo do estresse
  • Estratégias farmacológicas avançadas, quando necessário

Não é culpa sua — é hora de atualizar o tratamento

Muitos pacientes se culpam por “fazer tudo certo” e ainda assim ter dificuldade no controle. A verdade é que o corpo pode estar pedindo uma abordagem mais moderna, mais integrada e mais individualizada.

Quer saber se esse é o seu caso?

Se você convive com o diabetes tipo 1 descompensado e desconfia de resistência à insulina, envie uma mensagem com a palavra RESISTÊNCIA. Eu posso te orientar sobre os próximos passos.

Seu corpo merece ser compreendido. Seu tratamento também.–

DRA JULIANA DE PAULA PEIXOTO

Endocrinologista SBEM/ES

CRM 6169/ES

RQE 4895

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